quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Dar para receber


Sempre ouvi dizer que quem dá o que tem a mais não é obrigado, e como quem vê caras não vê corações ... em caso de dúvida o melhor mesmo era este senhor e respectiva companhia irem curtir o lusco-fusco para o Burkina Faso. O poder autárquico deste País está tão podre que daria tema para trezentos e sessenta e cinco posts por ano em todos os Blogues nacionais e igual número de notícias a abrir os telejornais, cada dia com um novo escândalo de corrupção e de «chico-espertismo», com uma pitada de futebol aqui e mais um empreendimento urbanístico suspeito acolá. Esta gente ainda não percebeu que é eleita para servir os interesses das populações que os elege e não as suas próprias futilidades e compadrios. Se a isso juntarmos as boas práticas do favor (uns por apadrinhamento outros por compra directa) que minam a Função Pública, podemos dizer que estamos perante um verdadeiro dossier pedagógico nacional. Pois é, um mau exemplo vale mais que mil campanhas de sensibilização para a necessidade de cumprir a lei e pagar impostos a tempo e horas. Com este espírito terceiro mundista nunca mais deixaremos de ser os coitadinhos do sul da Europa que são muito bons a organizar grandes eventos de projecção internacional mas que não conseguem organizar-se a si próprios. Os provincianos que têm a maior árvore de Natal e os maiores centros comerciais mas que não conseguem resolver um processo judicial em menos de cinco anos. Quantos anos mais teremos de esperar por alguma decência?

Com ou sem FMI...