terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Joyeux anniversaire


Faz hoje anos que fui posta no mundo. E que mundo...ninguém avisou que era tão complexo. Não revelo os desejos do dia, dizem que depois não se realizam.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Para o sapatinho



Para quem gosta de ficar umas boas horas à conversa soltando «bitaites» sobre a estética, a arte, o belo , o feio e outros conceitos que dão água pela barba, aconselho estas duas belíssimas obras. São carotas mas não se irão arrepender.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Regresso

Moribundo, posso dizer que é o estado deste blogue...o tempo não dá para tudo e quem faz o que pode a mais não é obrigado.

domingo, 28 de outubro de 2007

Cansaços

«Eu estava cheio de um desses cansaços que nos pesam mais que o corpo. Cansado de ter raça, cansado de ter nome. estava cansado de ser. Era uma fadiga do universo e dos aléns. Que repouso concedermo-nos nestas alturas senão darmos feriado à existência? E era o que eu estava a dar seguimento naquele dia, fugindo-me do mundo, dando pausa ao pensamento. (...)»

Mia Couto - Cronicando

Bob Dylan Blowin' In the Wind

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Preso por ter cão e por não ter...

Achei curioso o post da Sofia no Defender o Quadrado, com o qual concordo inteiramente. De facto o que se verifica, por quem anda um pouco mais atento às lides políticas, é que a honestidade intelectual está cada vez mais longe de ser uma característica do discurso político. Vale tudo para ganhar o voto do incauto cidadão. A análise política em Portugal é altamente tendenciosa, sendo feita por políticos, as perspectivas apresentadas tendem sempre para a cor do analista. Por mais que se esforcem lá vão puxando a brasa à sua sardinha. Assistimos exactamente ao mesmo tipo de esquizofrenia de que fala a Sofia aplicada à questão dos impostos. Se o governo não baixar os impostos está a impedir o desenvolvimento económico mas se os baixar será com certeza para conquistar votos. Chega ao cúmulo de serem postos em causa dados adquiridos, como por exemplo o combate à evasão fiscal. Já por várias vezes ouvimos Paulo Portas atirar-nos com a pérola do fundamentalismo do governo relativamente à cobrança de impostos. Gostaria de perceber, o que quererá o homem dizer com isto. Que o governo está verdadeiramente a cobrar os impostos? E ?. São estas as leituras que a oposição faz de tudo o que o governo põe em prática. Os governos são eleitos democraticamente para governar, mas façam o que fizerem ou fazem mal ou para ganhar votos.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

CSI Portimão

Quanto tempo mais irá durar esta troca de galhardetes entre polícias ingleses e portugueses? Vá lá, sejam amigos. O nosso Ross Pynn não consegue competir com Agatha Christie ou com Conan Doyle mas também não havia necessidade dessa má vontade. Concentrem-se mas é na miúda e deixem-se de lérias.

Marcelo, o Adivinho

Se houve alguém que sobressaiu pelas piores razões nesta contenda de comadres do PSD, foi Marcelo Rebelo de Sousa, que muito ao seu estilo conseguiu contra todos falar e em nada acertar. Ponham o homem a comentar o tempo, acho que a meteorologia teria muito a ganhar com alguém assim a reflectir sobre a precipitação e as baixas pressões em geral.

domingo, 23 de setembro de 2007

Leituras interrompidas

A Blogosfera não pára e o tema dos livros tem dado que teclar. Faço minhas as palavras do Teófilo . Todos os livros que li tiveram a sua quota parte de relevância, mais que não fosse o simples prazer lúdico da leitura, no entanto tenho aqui alguns na estante que não consigo precisar exactamente porque motivo foram abandonados a meio. Sinceramente, acho que teve a ver com um certo estado de espírito ou por falta de identificação com o tema, alguma razão indecifrável, contudo, não digo desta água não beberei. Aí vão:

Homens em Tempos Sombrios - hannah arendt - Relógio d'água
Fazes-me falta - Inês Pedrosa - Publicações Dom Quixote
Portrait of the artist as Young Man - James Joyce - Wordsworth classics
Exortação aos Crocodilos - António Lobo Antunes - Publicações Dom Quixote
Solidão II - Irene Lisboa - Editorial Presença

O B A-BA do ensino


O ano lectivo chegou e com ele as discussões de sempre, os problemas de sempre, as dúvidas existenciais de sempre. É impressão minha ou as questões mais básicas vão ficando por resolver, ano após ano? Não sei bem, mas o decréscimo do insucesso escolar soa-me a perigosa manobra administrativa para Bruxelas ver. Facto, facto é que os miúdos saem do ensino básico praticamente sem saber ler nem escrever no verdadeiro sentido da palavra. Isso apenas os torna menos traumatizados e mais seguros da sua ignorância, provavelmente a única coisa que mudou verdadeiramente é que todos acabam por passar mais tarde ou mais cedo, talvez por isso se tenha «atamancado» entretanto com umas provas de exame. A lição que estamos a dar às nossas crianças é que a vida e o mundo são fáceis e as dificuldades se evaporam sem que nada façamos para tal? Ainda faltam três anos para que o meu filho inicie a sua vida escolar, mas esta não é de todo a lição que nós, pais, queremos que ele aprenda. Pode ser que até lá algo mude a sério.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Última leitura


Não sei se fui ter com o livro ou se o contrário, visto que o comprei por acaso numa grande superfície. O facto é que esse acaso se tornou engraçado quando me embrenhei na leitura. Um só livro pode mudar uma vida? Há quem diga que sim e há quem diga que não, tem andado por aí um zunzum na blogosfera sobre o tema. Entre prós e contras, sugiro que leiam este, pois mesmo que não mude a vida de ninguém, faz-nos olhar para as coisas sobre outro prisma, nem que seja por um instante. Acredite-se ou não no destino a vida é feita de coincidências e sinais, como se de um grande puzzle se tratasse, só faz sentido quando se coloca a última peça, mesmo que esse sentido pareça não ter sentido nenhum.

Outono no Verão

A morte faz parte da vida, é uma grande verdade de La Palisse, mas alturas há em que essa evidência se torna demasiado frequente. Tem sido assim esta estação. Uma rentrée negra esta de 2007.

Folhas Caidas (4)


«Penso che una vita per la musica sia una vita spesa bene ed è a questo che mi sono dedicato.»

Luciano Pavoroti (1935-2007)

domingo, 2 de setembro de 2007

Seca Real

Já não se aguenta a sucessão de documentários e registos à volta da efeméride da princesa Diana. Haverá mesmo gente a perder horas de vida em frente à televisão a assistir a tais programas? Pois é muito provável. Serão certamente as mesmas pessoas que consomem os faits divers da vida alheia para fugirem à falta de interesse das suas. Será que também vem aí uma dose documental sobre a madre Teresa de Calcutá? Foi-se na mesma altura, mas como parece que não usava chanel nem coroa é capaz de se resumir a um pequeno apontamento fora do horário nobre, digo eu, que isto das televisões nunca fiando.

sábado, 1 de setembro de 2007

Verão quente no Olimpo

Por cá já vimos um filme parecido, infelizmente para os gregos o que por lá tem passado tem sido ainda mais dramático, a avaliar pelo número de vitimas mortais. Temperaturas hiper elevadas à parte fica sempre a dúvida, podia ter sido evitado em dimensão? Os gregos dizem que sim e o governo tem o povo à perna.

Folhas caidas (3)

Folhas caidas (2)

Folhas caidas

Uma crónica...
Uma homenagem na blogosfera...

Regresso


A «estação pateta» chega ao fim e voltamos à labuta. Por aqui muito se dormiu, leu, passeou, bebeu e petiscou. O regresso ao trabalho já fez uma semana, e as rotinas vão entrando nos eixos, eis-me de volta à blogosfera.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Férias

E eis que chegam as férias de Verão. O melhor das férias? Re descobrir a beleza melancólica dos fins de tarde, quando as sombras revelam uma certa luz apenas visível nos momentos em que nos abandonamos à contemplação. À parte disso a ilusão de ter todo o tempo do mundo sem pressa e sem rumo.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Têndencias

Por mais voltas que dêem não conseguem dar a volta. Nem Marques nem Menezes, parece que vão ter de esperar que o governo faça M.... a sério, para inverter a têndencia, até lá ainda está bem viva na memória a M....que por aí deixaram. É assim a política, umas vezes para cima, outras para baixo.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Desafios


Vamos lá responder ao desafio proposto pelo José Teófilo . As minhas leituras andam muito atrasadas, pois há ano e meio que as delícias da maternidade se apoderaram do meu escasso tempo livre, esta proposta fez-me dar uma volta por algumas leituras antigas que vivem na estante cá de casa. Então aqui vai:

Apocalípticos e Integrados, Umberto Eco - Uma viagem exaustiva pela Cultura de Massas, tocando na Leitura, música, televisão, Banda desenhada, na Estilística do Kitsh, na consciência política e civil, etc. Apesar de grande parte dos exemplos apresentados serem um referencial dos Massa italianos da década de 60 e 70, não deixam de ter paralelo na actualidade ocidental. Uma visão filosófica de tudo aquilo que diariamente nos salta aos olhos e aos ouvidos sem darmos por isso.

Cartas a Anais Nin, Henry Miller - Este livro marcou a minha adolescência e desde então que Miller se tornou no meu escritor fetiche. Tenho uma estranha admiração por esta criatura, mais pelas leituras a que me conduziu e por aquilo que foi a sua vida do que pela sua obra pópriamente dita. Este livro fez-me sonhar com viagens, com um certo tempo histórico, com Verões intermináveis, com o mundo mágico do escritor na sua criação artística, com a vida boémia, e mais do que tudo um prazer de voyer nesta frenética troca de correspondência entre duas figuras que viveram com V maiúsculo.

Chiquinho, Baltasar Lopes - Intemporal. Hilariante, dramático, enternecedor, um País inteiro numa história singular.

Aquista, Herman Hesse- Uma visão humorada sobre as termas e aqueles que a elas recorrem para tratar os seus achaques. Boa leitura para férias..

O Deus das Pequenas Coisas, Arundhati Roy - A Índia tal e qual como ela é. Uma sociedade de castas cheia de preconceitos e sofrimento doméstico, ao mesmo tempo um País onde cabem todas as cores e todos os cheiros. Muitíssimo bem escrito, na minha modesta opinião.

E pronto. Podiam ter sido outros, mas tropecei nestes e aqui ficam para quem os quiser partilhar.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Arte e artistas


Coleccionar arte é para quem pode, e o Berardo pode. Partilhar a colecção com a plebe é louvável, mas partilhá-la sob imposições «chantagistas» ao Estado português, não sei se será tão louvável assim... comungo em pleno a opinião do Daniel Oliveira no Arrastão sobre este tema.

sábado, 23 de junho de 2007

Rouxinol Faducho

Gonçalo da Cãmara Pereira é candidato à Câmara de Lisboa, O homem quer barquinhos, Fado e Revista à Portuguesa. Isto é que é cultura meus senhores. Afirma ainda que «Reconciliar a cidade com o Tejo e com a mancha florestal de Monsanto são prioridades dos monárquicos» seja lá isso o que for. Esta gente parou no tempo, ali entre os descobrimentos e o Estado Novo, sim porque esta coisa da Revista é muito salazarenta, a não ser que estejam a pensar propor bobos da corte em vez dos tradicionais artistas de Revista. A democracia que a estas pessoas tanto deve chatear, serve para que apareçam sempre que há eleições com estas ideias de génio. Até admira não constar no programa tourada todos os dias, se calhar até consta mas prefiro não saber mais, o que ouvi até aqui já me chega para não mais sobre ele me debruçar.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

The land of confusion


Aeroportos imaginários, dinheiros para as ilhas que são suspensos e que por decisão dos tribunais voltam a ser atribuidos, provas de exame com erros e mais decisões dos tribunais, directoras reginonais da educação que dizem os maiores disparates, urgências que fecham e abrem, qual gruta do Aladino, comboio de alta velocidade que não se percebe bem para que serve, Câmaras Municipais curruptas e endividadas (esta é recorrente), alguém percebe o que se está a passar? Muito ruido de fundo ou lá vamos nós outra vez sem norte? Será que alguma vez o tivemos?

domingo, 17 de junho de 2007

Nós e a Cidade


Neste periodo de reflexão pré-eleitoral em Lisboa achei este documento muito a propósito. Não me parece que Helena Roseta tenha descoberto a pólvora com a «revolucionária» carta dos direitos urbanos, que agora tanto apregoa. O que não faltam por aí são estudos e projectos cheios de boas intenções. Bom seria que as nossas cidades fossem mais alvo de acção e menos de teorias. Enfim, cada um tenta vender o peixe como pode.

País Irmão


Que País é Esse?

(Legião Urbana)

Composição: Renato Russo

Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No amazonas, no araguaia iá, iá,
Na baixada fluminense
Mato grosso, minas gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte o meu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papéis e documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Terceiro mundo, se for
Piada no exterior
Mas o brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?

terça-feira, 12 de junho de 2007

Quem dá mais?

OTA, Alcochete, Poceirão, Portela 2....isto era coisa para se fazer um referendo nacional, as comadres não se entendem e cada vez mais parecemos um País de «brincadeirinha».

sábado, 9 de junho de 2007

10 de Junho em Setúbal


As comemorações do dia de Portugal tiveram, afinal, inicio hoje, a população está feliz e agradece à Câmara Municipal. Gostamos de estar dentro dos nossos carros, não puder transitar nas principais artérias de acesso à baixa da cidade e de não ter onde estacionar. Ah, e já agora, aproveito para agradecer o mapa que me deixaram na caixa do correio, que não me serviu de nada. Foi uma manhã animada a circular pela cidade a tentar acertar na rua onde fosse possível transitar, sempre na base tentativa erro, visto não haver sinalização dos desvios.... Muito obrigada, que seria de nós setubalenses sem estas pérolas organizadas pela nossa autarquia.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

OTA (Obra Tão Arrastadinha)

Obras em Portugal não são coisa para se fazer assim de qualquer maneira, basta passar por qualquer construção, especialmente as urbanizações residenciais em curso, para ver que isso não é assim.... Ah, desculpem enganei-me, estão-me aqui a dizer que afinal é mesmo assim, à balda, constroi-se e depois logo se vê, se for preciso paga-se umas multas ou uns subornos e fica o assunto arrumado. Se forem obras particulares melhor ainda. Porque será? Será porque as licenças demoram uma eternidade e as aprovações dos projectos e toda a burocracia e mais alguma, outra, sempre com muitas entidades envolvidas? Será porque a fiscalização é ineficiente ou paga-se com umas bejecas? Será porque a malta da construção civil não acabou os estudos, como os outros dos cartazes, e são uns patos bravos que não querem saber de questões ambientais ou estéticas? Selvajaria urbana tem sido a palavra de ordem. Perante este passivismo nacional face ao nosso urbanismo, como é possível que quando são feitos verdadeiros estudos técnicos sobre alguma coisa, como é o caso da localização do novo Aeroporto ( e anda-se há anos à volta dos mesmos) tantas vozes se levantem atrasando a resolução de um problema que já nem deveria existir? Então esses pareceres técnicos especializados não valem nada? Vale mais a dissertação política sobre o tema? Não entendo esta falta de ar toda à volta da OTA. Talvez um destes dias caia um avião no meio de Lisboa e ajude todos a decidir rapidamente sobre o que fazer. Espero que não tenhamos de esperar por esse dia.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Um Americano em Cannes


Michael Moore estás prestes a dar, mais uma vez, uma machadada na estranha sociedade americana. Desta feita com um novo documentário focado no sistema de saúde Norte americano, cuja a ante-estreia terá lugar no Festival de Cannes. O realizador de Farenheight 9/11 e de Bowling for Columbine, documentários que visam, respectivamente, uma serie de estranhos acontecimentos ligados ao 11 de setembro e a irresponsável lei de posse de arma em vigor nos EUA, que veio novamente a público na sequência dos recentes ataques em Virginia Tech, continua atento ao que se vai passando na terra das oportunidades.
Sempre polémico, este americano típico não poderia ser mais atípico no que respeita à sua capacidade de olhar de fora para dentro de uma sociedade e de um sistema egocêntricos, dominados pela hipocrisia, sede de poder e liberalismo selvagem.

Ciência Viva

Começa-se a assistir a algumas mudanças no universo cientifico nacional. Já não era sem tempo. Ganhar concursos de inventores não chega. Mais redutor ainda quando o País não tem capacidade de transformar boas ideias em valor acrescentado. Existem cada vez mais nomes portugueses a figurar na comunidade cientifica internacional e amiúde vão surgindo investigadores que por amor à camisola ou porque lutaram pelas suas próprias oportunidades «lá fora», realizam descobertas importantes contribuindo para o progresso da ciência em várias áreas. Todos os povos tem características próprias, boas ou más, consoante o ponto de vista, não seria mau reverter aquela capacidade bem portuguesa do «desenrasca» (que tantas vezes levada ao extremo se transforma em «chico espertismo») em algo positivo, porque a capacidade de delinear novos caminhos para contornar obstáculos, será sem dúvida uma característica relevante no desenvolvimento do trabalho de investigação.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Vão-se ver negros...

Fernando Negrão já foi candidato pelo PSD em Setúbal nas últimas autárquicas e perdeu... agora vai ser candidato à Câmara de Lisboa, segunda escolha após o desinteresse manifestado pelo cromo Fernando Seara. Sai Fernando, entra Fernando, que mais saltará da cartola? Estamos com falta de pessoal lá para aqueles lados ou é impressão minha?

O valor da vida

Este mediatismo todo do caso Madeleine fez-me pensar que o valor que se dá à vida, depende da proximidade de determinados acontecimentos ou da forma como os mesmos afectam o nosso modus vivendi. A capacidade que temos de nos «escandalizar» e de nos indignar varia consoante o empolgamento televisivo e mediático que é dado aos factos noticiosos. O caso Madeleine é um entre tantos outros que ocorrem diariamente pelo mundo fora, calhou agora ser aqui na pacatez de uma vila algarvia. Que este caso sirva para que a opinião publica do mundo ocidental se manifeste veementemente e exija acção por parte dos estados em nome de todas as crianças que são vitimas das mais variadas crueldades tantas vezes perpetuadas por verdadeiras redes de criminosos que vão passeando alegremente por esse mundo fora.

domingo, 6 de maio de 2007

sábado, 28 de abril de 2007

Em nome do Pai

O pai dos nacionalistas portugueses está morto e enterrado, mas a mocidade quer à viva força avivar memórias do passado. Como aliados têm os conterrâneos devotos que vão aproveitando estas romagens para animar um lugarejo onde nada acontece. Deixá-los, quanto mais relevância se der a estas manifestações de alegre devoção mais aliados escondidos põem a cabeça de fora. Esta parece ser uma estratégia muito bem aproveitada pela mocidade, vão criando pequenos incidentes com projecção nos media e lá vão aparecendo, agora, quase diariamente nas televisões e jornais. Um cartaz aqui, uma prisão acolá, uma romaria além, e perante isto uns revoltam-se e outros apoiam. E são os que apoiam o alvo desta campanha de constantes aparecimentos forçados. Enquanto a Democracia conseguir rir destes eventos não existirá grande motivo para preocupações, mas é bom que não se riam por demasiado tempo, pois os tempos de crise económica fomentam radicalismos e num País como o nosso que sofre de iliteracia crónica, estes avanços podem ser perigosos a longo prazo, servindo-se dos mecanismos democráticos e das suas fragilidades esta gente vai avançado enquanto puder, estejamos pois muito atentos.

Autarquias em Autogestão

Pelo caminho que levam os ilustres presidentes das nossas autarquias (e respectivas equipas), tanto à esquerda como à direita, não tarda tudo o que é Câmara passará a funcionar nos tribunais e esquadras da polícia. Aqui está uma bela poupança que o nosso ministro António Costa ainda não se lembrou.
Que palhaçada.

Felizes felinos


Os meus gatos preguiçam ao sol amornando-se e provocando uma certa inveja em nós que os observamos.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

O Primeiro dia...


Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 15 de abril de 2007

Clamores


Clamo dentro de um círculo
é um confuso clamor de silêncios subterrâneos
de alguém envolto numa névoa tenaz alguém que é ninguém
e todavia é um cavalo esquartejado

Sou uma palavra anelante uma palavra suspensa
que quer ser mão estrela navio ou cometa
o voluptuoso pulso de um felino
o puro espaço de um olhar
uma varanda aberta para um silêncio azul
uma amêndoa de água lisa e musical

Busco a liberdade busco a dança
busco o diamante de água
e sinto a tranquila rosa da liberdade estática
dinâmica pura na sua inércia pura
Busco a liberdade busco a dança
no apetite inteiro da vida inteira
com a fúria de um búfalo e a delicadeza de uma gazela

Quero encontrar uma palavra que seja apenas uma palavra
como uma arma nua e transparente
quero encontrar uma palavra como uma nuca sem palavras
quero encontrar uma palavra maravilhosa como um clianto
que é uma palavra e uma flor na plena aliança da voz e da visão

quero reunir os gomos de uma laranja de silêncio
quero adivinhar uma ternura trémula nas portas de lua de uns joelhos
quero e quero e cada vez mais quero as palavras vivas
tão frescas e delicadas como o púbis de uma adolescente
tão solitárias e luminosas
como os campos imóveis sob a lua
tão minuciosas e puras como a concha de oiro e trigo de um umbigo
tão movediças como a migração da areia para o mar
tão resplandescente como as ilhas brancas do meio-dia
António Ramos Rosa, «Clamores» Imagem: R.Margritte

Fugas


Quando o sol brilha mesmo a sério, o mundo torna-se mais apetecivel, a própria vida fica mais apetecível. Se além disso a temperatura sobe ligeiramente a disposição alegra-se e torna-se mais fácil sorrir e dizer bom dia.
E não é que os dias estão quase, quase a ficar assim? Este fim de semana fui em Romaria por terras alentejanas fugi das correrias da semana e fui respirar os ares do campo, voltei de alma lavada.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Quase como na América

Acabei de assistir à entrevista a José Socrates e ocorreu-me que se esta busca incessante do esqueleto no armário persiste, ainda se arranja um qualquer escândalo sexual para derrubar o governo. Se não se consegue fazer oposição pelas vias normais venham então as dúvidas sobre os cursos, o local das férias, a família, as preferências sexuais, as namoradas, os telefonemas, os amigos, os colegas, enfim, aquilo que se lembrarem para animar a comunicação social e os opinion makers que se entretêm com estas coisinhas de gente pequenina. Se na América quase conseguiram despachar um presidente com um vestido mal lavado, de certeza que por cá bastará um par de meias ou um papelucho rasurado.

domingo, 8 de abril de 2007

Pequenos prazeres

A gula é um pecado delicioso, escutar Bach, também. Aproveitem.

Filhos e enteados


Um belo fim de semana prolongado. Mais pagão que cristão, falo por mim e por muitos. Não percebi muito bem o porquê da tolerância de ponto na Função Pública na quinta- feira à tarde eu tive que trabalhar. Lá no sítio onde trabalho quando fazemos «pontes» tiramos dias de férias, e só quando o trabalho que temos em mãos permite, esta coisa das pontes faz-me uma certa confusão, se calhar é inveja. Deixo aqui o meu apelo ao governo que decrete pontes para a malta toda ou então acabe com elas, já que estamos numa onda de igualar direitos e deveres. Sinto-me lesada como cidadã não poder usufruir de um serviço que pago com os meus impostos porque alguém decidiu que o pessoal podia ir a banhos um dia mais cedo enquanto o resto do País continuava a produzir.

sábado, 7 de abril de 2007

Resumo semanal

Uma semana arredada da Blogosfera é uma eternidade. Assuntos não comentados: A guerra dos cartazes, a Licenciatura do primeiro Ministro, a libertação dos marines ingleses lá para os lados do Irão, e provavelmente mais uma mão cheia de notícias quentes e boas com maior ou menor relevância. De todos estas «festividades» voto no cartaz dos Gato Fedorento. Humor com humor se paga, sim porque o cartaz do PNR é um tudo nada hilariante pela sua estupidez, daí ter tido a paródia merecida. Mais uma vez estes quatro rapazes mostraram que o humor pode ser uma arma muito poderosa e não se coibem de usá-la caricaturando de forma genial aqueles cujo pensamento político-social resvala para caminhos irremediávelmente caducos e anti-democráticos. Espero que mantenham sempre esta coragem e não se percam nos meandros dos figurinos públicos nacionais.

quinta-feira, 29 de março de 2007

País de brandos costumes

Uma dúvida: O que é que terá de facto aumentado, a violência ou a denúncia?

Vão andando de foguete


Há quem ande por aí a colar cartazes com mensagens xenófobas sobre imigrantes e aviões para transportar os mesmos daqui para fora. Se a moda pega pelo mundo calha os portugueses que por lá andam espalhados a roubar trabalho aos outros (e agora até a assaltar bancos em Miami) a virem recambiados não cabem cá todos. O melhor será estes rapazes começarem a pensar onde é que vão pôr tanto português emigrante recambiado pelos seus congéneres ideológicos de aqui e além mar. Por mim esta mocidade dos cartazes podia ir toda de foguete para Marte isso sim era um bom serviço prestado à nação. Pelo menos lá ninguém os incomodava e podiam ser felizes à grande.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Dias...


Dias esquecidos um a um, inventa-os a memória.
Profundamente se levanta uma bilha vazia.
Nem o peso nem a leveza nos embriaga.
O perfume a vinho, sim, uma
concavidade do sono.Os dias maciços que se
modelaram. Ou as luzes à volta do barro
onde ficam os ciclos curvamente
ligeiros.
As bilhas ao alto, entre os ombros, contra
a cara amarga, estremecendo com o sangue dos braços
e da cara. Plenas como dias enormes,
acabados. Que são agora imagens fabulosas, mútuas
translações - o escuro em torno dos espelhos vazando de uns
para os outros a sua vida
clara.
Texto: Herberto Helder
Imagem: Robert Mapplethorp

Os maiores jumentos de sempre


Foram mesmo 41% a votar no Sôr António? Fica aqui a fotografia de um potencial candidato de entre os votantes para a próxima eleição.

domingo, 25 de março de 2007

Auxiliar de memória para Cavaco Silva


Meio Século

Meio século. Todos os que nasceram depois de 1957 nos países que constituem o núcleo duro da UE (CEE nos primórdios) não conhecem outra realidade que não a de pertencerem à «família Europeia». Para os Estados que entretanto foram aderindo, a realidade é um pouco diferente. Como é encarada esta aliança de cinquenta anos por uns e outros, é talvez a questão essencial. As questões políticas e económicas com que a UE dos dias de hoje se confronta são complexas e de difícil resposta. Existem perspectivas mais pessimistas outras mais optimistas, todas elas baseadas em conjunturas mais ou menos favoráveis no contexto global que é o mundo de hoje. Defender os interesses Europeus no mundo, ignorando os interesses nacionais dos estados membros, tanto a nível interno como externo, não parece ser um bom caminho e fomenta um cada vez maior virar de costas por parte dos cidadãos à designada construção Europeia. É impensável para um país como Portugal desvincular-se da UE, as consequências sócio-económicas seriam dramáticas. No entanto para países como a Alemanha ou Inglaterra o custo não seria tão elevado...não considero, no entanto, que tudo se resuma a questões económicas todos sem excepção teriam a perder a longo prazo, acima de tudo em termos estratégicos. O trabalho de fundo passa por envolver os cidadãos nas questões fundamentais transportando-as para a realidade desses mesmos cidadãos, e enquadrado-as sempre no âmbito do Estado membro onde estão inseridos. Tudo passa pela partilha de um ideal (por mais utópico que seja) e acima de tudo pelo respeito entre as diferentes culturas e vivências Históricas. A unidade na diversidade tem de ser respeitada.
À parte disto temos ainda os maus exemplos de Países como Inglaterra cujas sucessivas governações têm em várias alturas contrariado o interesse Europeu em prol do interesse Nacional, se por aí forem todos será a sentença de morte.
A UE atravessa uma crise institucional e Política, é um facto, mas apenas o tempo, «esse admirável escultor», poderá indicar quais os caminhos a seguir.

O melhor amigo do Homem

Costuma-se dizer dos animais, daqueles que vivem com humanos, que são um reflexo dos donos. O tipo de animal que se tem pode ser à partida indício daquilo que se espera do mesmo. Companhia? Uma relação de amizade? Desafio aos dotes de domesticação? Empatia? Inspiração? Estes são talvez os mais comuns. Parece que há uns bons tempos a esta parte se têm juntado outros factores menos óbvios como por exemplo a moda, o status social, ou o instinto de competição. Só através destes últimos anseios consigo perceber que alguém tenha como animal de estimação (isto no universo canídeo, que é o mais vulgar) Rotwiller’s, Pittbull’s, Boxer’s, Dobermen’s, etc. Estes animais têm em comum, o facto de se tornarem perigosos perante situações inesperadas, pelo que requerem determinado tipo de tratamento e de habitat. Quero com isto dizer que não considero este o tipo de animal que qualquer pessoa tenha em casa num ambiente familiar, especialmente se não tiver recebido formação especifica para lidar com este tipo de raças. O que se observa é que de repente se tornou normal e mediático possuir um destes animais, como quem possui um rafeiro ou um hamster. Compram-se e são caríssimos. Parece que o pacote legislativo existente ainda não produziu grandes efeitos. Qualquer das formas, possuir um destes canídeos como animal de estimação em condições que potenciam a sua perigosidade é no meu entender criminoso e revelador de um total desrespeito pelos outros assim como pelo próprio animal em questão. Preconceito? Cada um com os seus.

domingo, 18 de março de 2007

Primavera


(...)

I believe in the flesh and the appetites.
Seeing, hearing, feeling, are miracles, and each part and tag of me is a miracle.
Walt Whitman
Imagem: Vincent Van Gogh

O Regresso dos Mortos Vivos II


E não é que o homem não desaparece da televisão? Soma e segue a propaganda sobre a «Obra» feita (esta é para rir), e lamenta o Parque Mayer... O que podia ter sido. O homem não desiste, e o disparate persiste.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Trapalhadas e Trafulhices

Mais uma notícia de arromba sobre a contabilidade nacional. Desta vez o contemplado foi o Ministério da Justiça. Depois dizem que o povo anda deprimido, pois pudera todos os dias recebemos mais do mesmo.

Direito à morte


Se já existe o direito à vida, porque não o direito à morte?
Obrigar alguém a estar vivo sem ter as mínimas condições de desfrutar desse estado é tão criminoso como o contrário.
A morte é, e adivinha-se que continue a ser, o maior tabu da existência humana. Não conseguimos lidar com a nossa finitude e tentamos negá-la desde os primórdios dos tempos, seja através das religiões, seja através da medicina. Devemos ser a única espécie cujo instinto de sobrevivência se prolonga para além da própria vida, mas cheira-me que o nosso fim não deve ser muito diferente do fim dos peixes ou das ervas que não têm religião nem parapsicologia.
Enfim, deveríamos estar mais empenhados em acabar com o sofrimento, quando ele se manifesta do que em prolongá-lo quando o mesmo se torna insuportável.
Quando eu morrer, batam em latas, que eu quero por força ir de burro.

terça-feira, 13 de março de 2007

Lisboa que amanhece


Cansados vão os corpos para casa
Dos ritmos imitados doutra dança
A noite finge ser
Ainda uma criança de olhos na lua
Com a sua
Cegueira da razão e do desejo

A noite é cega, as sombras de Lisboa
São da cidade branca a escura face
Lisboa é mãe solteira
Amou como se fosse a mais indefesa
Princesa
Que as trevas algum dia coroaram

Não sei se dura sempre esse teu beijo
Ou apenas o que resta desta noite
O vento, enfim, parou
Já mal o vejo
Por sobre o Tejo
E já tudo pode ser
Tudo aquilo que parece
Na Lisboa que amanhece

O Tejo que reflecte o dia à solta
Á noite é prisioneiro dos olhares
Ao Cais dos Miradoiros
Vão chegando dos bares os navegantes
Amantes
Das teias que o amor e o fumo tecem

E o Necas que julgou que era cantora
Que as dádivas da noite são eternas
Mal chega a madrugada
Tem que rapar as pernas para que o dia
Não traia
Dietriches que não foram nem Marlénes

Em sonhos, é sabido, não se morre
Aliás essa é a Única vantagem
De após o vão trabalho
O povo ir de viagem ao sono fundo
Fecundo
Em glórias e terrores e aventuras

E ai de quem acorda estremunhado
Espreitando pela fresta a ver se é dia
E as simples ansiedades
Ditam sentenças friamente ao ouvido
Ruído
Que a noite se acostuma e transfigura
Na Lisboa que amanhece

Texto: Sergio Godinho
Imagem: Maria Helena Vieira da Silva

Ás vezes o que se ouve por acaso e inesperadamente no regresso a casa, faz com que o dia tenha valido a pena. Gosto muito da versão desta música cantada pelo Sergio com o Caetano no Irmão do Meio.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Um para todos, todos num.


Alguém se lembrou que a História da Europa será melhor contada aos petizes dos 27 que constituem a UE se contada a uma só voz. Foram os alemães que se lembraram disto, o que não é um bom presságio. Voltarei a este post mais tarde se houver desenvolvimentos sobre o tema, que promete àgua pela barba.

Hoje lembrei-me delas

Quem tem telhados de vidro...


Os nossos amigos americanos publicaram um relatório sobre Portugal onde relatam as atrocidades que por cá se praticam nas prisões. O ministro António Costa respondeu à letra sobre o valor de tal documento, especialmente vindo de onde vem.
Á falta de Guantanamo podemos sempre começar a usar as Berlengas, como lá não há nada, é capaz de passar despercebido ao olho clinico de quem elabora tais relatórios.

terça-feira, 6 de março de 2007

Porrada, e da grossa

Cada vez mais, ir à escola, seja como aluno ou professor é sinónimo de apanhar. Já lá vai o tempo em que só os alunos é que apanhavam, agora toca a todos. Eu ainda apanhei duas réguadas na primária. Uma por ter riscado uma mesa, que não riscara e outra por não saber quanto eram duas vezes oito... isto foi logo a seguir à Revolução e lembro-me de, já nessa altura, o meu pai querer ajustar contas com a professora (não através de nenhuma cena de pugilato, coitada da senhora, mas por outros meios mais civilizados). A questão é que parece que os meios civilizados existem, de uma forma mais ou menos eficiente, civismo é que não. E a questão da falta de civismo tal como o apanhar também vai tocando a todos. Pais, alunos e professores. Estamos perante uma escalada interminável que tem por base todos os problemas psico-sociais e todas as fragilidades do próprio sistema de ensino. Muito há a fazer relativamente a esta questão, medidas administrativas não chegam e estão longe resolver a situação que se vive actualmente nas escolas.

As Burras e os Broncos

Constou-me que vem por aí mais um reality show à boa maneira da TVI. Desta vez trata-se de enfiar numa casa remodelada de propósito em Azeitão (por uma pipa de massa) um elenco de belas mulheres - vulgo- Gajas boas e um elenco de homens muito inteligentes - como contraponto a este adjectivo presume-se que as gajas sejam muito burras. Parece ser este o pressuposto do programa: Mulheres muito belas reunidas no mesmo espaço com homens muito inteligentes. O programa intitula-se A Bela e o Mestre. Se formos pela analogia entenda-se que os homens muito inteligentes devam ser uma espécie de Quasímodos muito broncos a babarem-se atrás das ditas gajas boas muito burras a quem nada lhes resta a não ser obedecer ás ordens de um presumível mestre. Com um panorama destes as audiências devem ser garantidas. Que saudades que eu tenho do deprimente Arreganha a Taxa, que com custos de produção mais baixos conseguia promover o mesmo nível de estupidez.

sexta-feira, 2 de março de 2007

O regresso dos mortos vivos

Podia ser uma longa metragem do fantasporto, mas não. É mesmo o festival de cinema da política nacional. Pois é. A falta de gente com capacidade de liderança para não falar de outas incapacidades notórias, para liderar a oposição tem deixado a direita à deriva e à mercê das suas próprias fraquezas. Em desespero de causa andam a querer ressuscitar as mesmas caras de sempre. Não têm mais ninguém? Que mal se anda por aqueles lados.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Bruma sadina


© Foto de Maurício Abreu

Vox Pop

As Urgências afinal já não vão fechar. O ministro arrependeu-se. Erros de análise ou barulho a mais feito pela populaça? Cada um pense o quiser. Eu por mim digo, ainda bem que recuaram a tempo.
Diz que os processos judiciais em aberto diminuíram, mas também há quem diga que não...que depende da leitura dos números, que isto da estatística é uma grande trapalhada. Parece que diminuiram mesmo, mas há quem não queira, daí esta questão dos números, esses marotos, que só servem para baralhar.
Consta ainda que vamos ter por aí campanhas de sensibilização anti-fogo nos pacotes de manteiga, nos pacotes de leite, maços de cigarros, etc. Acho bem. Sai mais barato, derrubam-se menos árvores e todos lêem a mensagem ao pequeno almoço.

God Save Helen


Esta coisa dos Óscares vale o que vale, seja como for, este foi sem dúvida muito bem merecido. Não apenas pela façanha de humanizar a rainha, como muito bem observou Pedro Mexia, mas também por muitas das personagens que esta senhora tem protagonizado ao longo da sua carreira. God Save Helen.

Com ou sem FMI...