quarta-feira, 30 de maio de 2007

OTA (Obra Tão Arrastadinha)

Obras em Portugal não são coisa para se fazer assim de qualquer maneira, basta passar por qualquer construção, especialmente as urbanizações residenciais em curso, para ver que isso não é assim.... Ah, desculpem enganei-me, estão-me aqui a dizer que afinal é mesmo assim, à balda, constroi-se e depois logo se vê, se for preciso paga-se umas multas ou uns subornos e fica o assunto arrumado. Se forem obras particulares melhor ainda. Porque será? Será porque as licenças demoram uma eternidade e as aprovações dos projectos e toda a burocracia e mais alguma, outra, sempre com muitas entidades envolvidas? Será porque a fiscalização é ineficiente ou paga-se com umas bejecas? Será porque a malta da construção civil não acabou os estudos, como os outros dos cartazes, e são uns patos bravos que não querem saber de questões ambientais ou estéticas? Selvajaria urbana tem sido a palavra de ordem. Perante este passivismo nacional face ao nosso urbanismo, como é possível que quando são feitos verdadeiros estudos técnicos sobre alguma coisa, como é o caso da localização do novo Aeroporto ( e anda-se há anos à volta dos mesmos) tantas vozes se levantem atrasando a resolução de um problema que já nem deveria existir? Então esses pareceres técnicos especializados não valem nada? Vale mais a dissertação política sobre o tema? Não entendo esta falta de ar toda à volta da OTA. Talvez um destes dias caia um avião no meio de Lisboa e ajude todos a decidir rapidamente sobre o que fazer. Espero que não tenhamos de esperar por esse dia.

Com ou sem FMI...