domingo, 4 de maio de 2008

philip glass: metamorphosis 1

Amores Perros

Imperdivel. A vida é, de facto, uma estranha equação matemática. Alejandro Gonzalez Iñarritu conseguiu filmá-la.

Quebra de silêncio

Um mês de silêncio forçado. A ditadura do trabalho e do tempo prega-nos destas partidas. A bem da verdade, diga-se que também não tenho tido grande disposição para comentar os desaires Político-Socíais do País.
Há temas que me cansam pela sua repetição. Sinto-me a viver numa espécie de representação do real...numa espécie de realidade paralela. A minha e a dos políticos. A coisa pública não serve os cidadãos, nem as empresas, como seria desejável, as reformas são lentas ou inadequadas, os discursos dos políticos e dos parceiros sociais são caducos e mais uma vez, alheios à realidade, ao dia à dia das pessoas e áquilo que são as necessidades mais básicas dos cidadãos...ir ao médico sem perder um dia de trabalho e ter a garantia de ser visto pelo mesmo, é em Portugal um horizonte longínquo e enquanto algo tão básico se mantiver assim, nem vale a pena discutirmos o resto. Quanto mais complexas as questões mais alheia à realidade está a classe política portuguesa... pergunto-me se algumas, para não dizer muitas, dessas pessoas alguma vez trabalharam em empresas privadas (sem ser em cargos de chefia ou direcção) ou precisaram de consultar um médico do SNS como cidadão anónimo...
Se ficar calado põe em risco a democracia, embarcar em constantes devaneios partidários também não nos parece levar muito longe (muita discussão, focada no ataque partidário e pouca acção traduz-se em inércia). Vejo na Política em Portugal um reflexo de tudo o resto e vice versa. Não acredito em soluções milagrosas para problemas estruturais que assolam o nosso País, mas sinto-me como muitos, cada vez mais impotente para nadar contra a maré.

Com ou sem FMI...