segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Le camping


Os franceses (a par dos holandeses) são loucos por tendas e auto caravanas – especialmente auto caravanas. Quem é que já imaginou Parques de Campismo esgotados? Chegados a Rocamadour tivemos de nos render ao único cantinho disponível no único Camping com disponibilidade lá no sítio, assim, juntinho á estrada.
Percebemos no dia seguinte que a melhor hora para conseguir lugar é na troca de turno dos campistas que se dá aí por volta das onze da manhã. São impressionantes as romarias de gente de armas e bagagens em circulação. Entopem estradas e estações de serviço. As áreas de descanso que abundam nas auto-estradas são uma boa alternativa às estações de serviço, desde que não se necessite de combustível.

Cordes


Esta pequena cidade remonta ao Século XIII e o seu estado de conservação, tal como noutras cidades igualmente antigas, que visitámos posteriormente, é uma lição de como vale a pena preservar o passado e como isso pode ser um investimento no futuro. O comércio e o turismo animam estes lugares recônditos e enquanto calcorreamos as ruas viajamos no tempo. Não se trata de isolar uma pequena parte da história, mas sim mantê-la viva e isso só é possível atraindo pessoas. Temos Óbidos como um exemplo semelhante, aquilo que para nós é a excepção parece ser para os nossos vizinhos franceses a regra. Pode-se passear, desfrutar das vistas, aprender, fazer compras, comer, beber e descansar que está tudo ali á mão para nosso deleite sem se sair do século XIII.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sur la Lune


Não é todos os dias que se tem oportunidade de visitar uma réplica em tamanho real da estação MIR e da Soyuz. Uma criança serve sempre de desculpa para visitar um parque temático deste género, mas o facto é que nós adultos também rejubilámos com esta aventura espacial. O actual programa da cité de l'espace incide sobre a chegada do Homem à lua, e assistir a esse acontecimento no IMAX deixa-nos completamente rendidos à ilusão tridimencional. Foi emocionante.
Nunca mais verei a lua da mesma maneira.

domingo, 23 de agosto de 2009

Toulouse

Tenho um fascínio por carrosséis antigos. Põem-me nostálgica e tornam o mundo perfeito por breves segundos, la vie en rose, um carrossel a rodar num jardim cheio de crianças felizes sorridentes lambuzadas de açúcar das maçãs caramelizadas ou do algodão doce.
De Toulouse ficou-me este carrossel e os sem abrigo com que nos cruzávamos no início da rua onde ficava o hotel que mudavam de um lado para o outro da estrada conforme fosse noite ou dia. Pernoitavam na entrada de um Banco e arrebanhavam de manhã os poucos tarecos que tinham no muro da esquina do edifício em frente.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

The Boss


Chegámos a Valladolid por volta das seis da tarde, cidade perfeita e hora perfeita para descansar dos quilómetros que até então haviamos percorrido. Ficava a meio caminho do nosso destino e não tinha por lá grande coisa que atraísse hordas de turistas, pelo que seria fácil encontrar alojamento. Erros nossos má fortuna.
Assim que entrámos na cidade achámos curioso a quantidade anómala de carros estacionados em todo o perímetro à volta do estádio. Deduzimos que devia haver futebolada. Tudo bem, não seria isso impedimento à prossecução do nosso objectivo. Continuámos, assim, na ilusão até termos parado à porta do primeiro hotel (começando a nossa busca pelo mais barato, ou seja, aquela famosa cadeia que começa por I e acaba em S) onde fui informada pelo jovem da Recepção que era melhor tentar Palência que por ali alojamento era coisa escassa «derivado» ao Concerto do «Bruce Springstim».
Nem queria acreditar que em 365 dias num ano numa cidade improvável logo nos calhou o dia do concerto do «Bruce Springstim». Como não sou pessoa de desistir à primeira contrariedade lá fomos tentando mais uns quantos hoteis até que acabámos num daqueles mais carotes mas que não escaldam (da famosa cadeia que começa por A e acaba em C).
Talvez por termos o estomâgo vazio e muitas milhas para trás, não deduzimos, a não ser no dia seguinte, que aquela estranha quantidade de agentes policiais à porta do nosso hotel não era para nossa segurança não senhor, era sim por causa do Sr. «Springstim» que também lá dormiu. E esta hem?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Onde vamos?


Para a generalidade das pessoas que conheço férias significa uma coisa: Praia. Pois... nesta família sempre que se aproximam as férias de Verão, começam as dúvidas existenciais. Não somos muito dados a longas permanências balneares, gostamos de praia q.b. sem grandes prolongamentos. Na verdade gostamos mais de andar por aí do que ficar sossegados no mesmo sítio. Antes de existir um elemento mais novo nesta equação decidíamo-nos muito mais rapidamente a pegar na trouxa metermo-nos num avião para qualquer lado e era aventura certa. Agora as coisas requerem mais alguma logística e planeamento. Não se pode ter tudo...
Foi assim que este ano acabámos dentro do carro cheio de material de campismo além da bagagem normal que duas semanas fora de casa exige, rumo ao desconhecido, sendo que o desconhecido era uma certa região de França que nos andava a seduzir há já algum tempo e que trocámos os nossos velhos mapas por um GPS.
Próxima paragem Valladolid.


Regresso

Após dois longos meses de ausência, estou de volta à Blogosfera. Foram dois meses de agitada vida profissional que não deixou nem tempo nem espaço mental para devaneios bloguisticos. Entretanto vieram três apetecíveis semanas de férias, que num abrir e fechar de olhos se desvaneceram no éter. Pois bem, estou de volta. Como não há nada de momento que me apeteça comentar, vou registar para a posteridade nos próximos posts alguns momentos ídilicos que experienciei nas últimas semanas de ócio em que aproveitei para fazer uma viagem ao sabor do vento que nos empurrou até à Dordonha, Gasconha e País Basco.

Com ou sem FMI...