quarta-feira, 30 de maio de 2007

OTA (Obra Tão Arrastadinha)

Obras em Portugal não são coisa para se fazer assim de qualquer maneira, basta passar por qualquer construção, especialmente as urbanizações residenciais em curso, para ver que isso não é assim.... Ah, desculpem enganei-me, estão-me aqui a dizer que afinal é mesmo assim, à balda, constroi-se e depois logo se vê, se for preciso paga-se umas multas ou uns subornos e fica o assunto arrumado. Se forem obras particulares melhor ainda. Porque será? Será porque as licenças demoram uma eternidade e as aprovações dos projectos e toda a burocracia e mais alguma, outra, sempre com muitas entidades envolvidas? Será porque a fiscalização é ineficiente ou paga-se com umas bejecas? Será porque a malta da construção civil não acabou os estudos, como os outros dos cartazes, e são uns patos bravos que não querem saber de questões ambientais ou estéticas? Selvajaria urbana tem sido a palavra de ordem. Perante este passivismo nacional face ao nosso urbanismo, como é possível que quando são feitos verdadeiros estudos técnicos sobre alguma coisa, como é o caso da localização do novo Aeroporto ( e anda-se há anos à volta dos mesmos) tantas vozes se levantem atrasando a resolução de um problema que já nem deveria existir? Então esses pareceres técnicos especializados não valem nada? Vale mais a dissertação política sobre o tema? Não entendo esta falta de ar toda à volta da OTA. Talvez um destes dias caia um avião no meio de Lisboa e ajude todos a decidir rapidamente sobre o que fazer. Espero que não tenhamos de esperar por esse dia.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Um Americano em Cannes


Michael Moore estás prestes a dar, mais uma vez, uma machadada na estranha sociedade americana. Desta feita com um novo documentário focado no sistema de saúde Norte americano, cuja a ante-estreia terá lugar no Festival de Cannes. O realizador de Farenheight 9/11 e de Bowling for Columbine, documentários que visam, respectivamente, uma serie de estranhos acontecimentos ligados ao 11 de setembro e a irresponsável lei de posse de arma em vigor nos EUA, que veio novamente a público na sequência dos recentes ataques em Virginia Tech, continua atento ao que se vai passando na terra das oportunidades.
Sempre polémico, este americano típico não poderia ser mais atípico no que respeita à sua capacidade de olhar de fora para dentro de uma sociedade e de um sistema egocêntricos, dominados pela hipocrisia, sede de poder e liberalismo selvagem.

Ciência Viva

Começa-se a assistir a algumas mudanças no universo cientifico nacional. Já não era sem tempo. Ganhar concursos de inventores não chega. Mais redutor ainda quando o País não tem capacidade de transformar boas ideias em valor acrescentado. Existem cada vez mais nomes portugueses a figurar na comunidade cientifica internacional e amiúde vão surgindo investigadores que por amor à camisola ou porque lutaram pelas suas próprias oportunidades «lá fora», realizam descobertas importantes contribuindo para o progresso da ciência em várias áreas. Todos os povos tem características próprias, boas ou más, consoante o ponto de vista, não seria mau reverter aquela capacidade bem portuguesa do «desenrasca» (que tantas vezes levada ao extremo se transforma em «chico espertismo») em algo positivo, porque a capacidade de delinear novos caminhos para contornar obstáculos, será sem dúvida uma característica relevante no desenvolvimento do trabalho de investigação.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Vão-se ver negros...

Fernando Negrão já foi candidato pelo PSD em Setúbal nas últimas autárquicas e perdeu... agora vai ser candidato à Câmara de Lisboa, segunda escolha após o desinteresse manifestado pelo cromo Fernando Seara. Sai Fernando, entra Fernando, que mais saltará da cartola? Estamos com falta de pessoal lá para aqueles lados ou é impressão minha?

O valor da vida

Este mediatismo todo do caso Madeleine fez-me pensar que o valor que se dá à vida, depende da proximidade de determinados acontecimentos ou da forma como os mesmos afectam o nosso modus vivendi. A capacidade que temos de nos «escandalizar» e de nos indignar varia consoante o empolgamento televisivo e mediático que é dado aos factos noticiosos. O caso Madeleine é um entre tantos outros que ocorrem diariamente pelo mundo fora, calhou agora ser aqui na pacatez de uma vila algarvia. Que este caso sirva para que a opinião publica do mundo ocidental se manifeste veementemente e exija acção por parte dos estados em nome de todas as crianças que são vitimas das mais variadas crueldades tantas vezes perpetuadas por verdadeiras redes de criminosos que vão passeando alegremente por esse mundo fora.

domingo, 6 de maio de 2007

Com ou sem FMI...