Cada vez mais, ir à escola, seja como aluno ou professor é sinónimo de apanhar. Já lá vai o tempo em que só os alunos é que apanhavam, agora toca a todos. Eu ainda apanhei duas réguadas na primária. Uma por ter riscado uma mesa, que não riscara e outra por não saber quanto eram duas vezes oito... isto foi logo a seguir à Revolução e lembro-me de, já nessa altura, o meu pai querer ajustar contas com a professora (não através de nenhuma cena de pugilato, coitada da senhora, mas por outros meios mais civilizados). A questão é que parece que os meios civilizados existem, de uma forma mais ou menos eficiente, civismo é que não. E a questão da falta de civismo tal como o apanhar também vai tocando a todos. Pais, alunos e professores. Estamos perante uma escalada interminável que tem por base todos os problemas psico-sociais e todas as fragilidades do próprio sistema de ensino. Muito há a fazer relativamente a esta questão, medidas administrativas não chegam e estão longe resolver a situação que se vive actualmente nas escolas.
A vida é o que fazemos d'ella. as viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos. Fernando Pessoa In O Livro do Desassossego
terça-feira, 6 de março de 2007
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