domingo, 25 de março de 2007

Meio Século

Meio século. Todos os que nasceram depois de 1957 nos países que constituem o núcleo duro da UE (CEE nos primórdios) não conhecem outra realidade que não a de pertencerem à «família Europeia». Para os Estados que entretanto foram aderindo, a realidade é um pouco diferente. Como é encarada esta aliança de cinquenta anos por uns e outros, é talvez a questão essencial. As questões políticas e económicas com que a UE dos dias de hoje se confronta são complexas e de difícil resposta. Existem perspectivas mais pessimistas outras mais optimistas, todas elas baseadas em conjunturas mais ou menos favoráveis no contexto global que é o mundo de hoje. Defender os interesses Europeus no mundo, ignorando os interesses nacionais dos estados membros, tanto a nível interno como externo, não parece ser um bom caminho e fomenta um cada vez maior virar de costas por parte dos cidadãos à designada construção Europeia. É impensável para um país como Portugal desvincular-se da UE, as consequências sócio-económicas seriam dramáticas. No entanto para países como a Alemanha ou Inglaterra o custo não seria tão elevado...não considero, no entanto, que tudo se resuma a questões económicas todos sem excepção teriam a perder a longo prazo, acima de tudo em termos estratégicos. O trabalho de fundo passa por envolver os cidadãos nas questões fundamentais transportando-as para a realidade desses mesmos cidadãos, e enquadrado-as sempre no âmbito do Estado membro onde estão inseridos. Tudo passa pela partilha de um ideal (por mais utópico que seja) e acima de tudo pelo respeito entre as diferentes culturas e vivências Históricas. A unidade na diversidade tem de ser respeitada.
À parte disto temos ainda os maus exemplos de Países como Inglaterra cujas sucessivas governações têm em várias alturas contrariado o interesse Europeu em prol do interesse Nacional, se por aí forem todos será a sentença de morte.
A UE atravessa uma crise institucional e Política, é um facto, mas apenas o tempo, «esse admirável escultor», poderá indicar quais os caminhos a seguir.

Com ou sem FMI...