A vida é o que fazemos d'ella. as viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos. Fernando Pessoa In O Livro do Desassossego
quinta-feira, 29 de março de 2007
País de brandos costumes
Vão andando de foguete
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segunda-feira, 26 de março de 2007
Dias...
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Profundamente se levanta uma bilha vazia.
Nem o peso nem a leveza nos embriaga.
O perfume a vinho, sim, uma
concavidade do sono.Os dias maciços que se
modelaram. Ou as luzes à volta do barro
onde ficam os ciclos curvamente
ligeiros.
As bilhas ao alto, entre os ombros, contra
a cara amarga, estremecendo com o sangue dos braços
e da cara. Plenas como dias enormes,
acabados. Que são agora imagens fabulosas, mútuas
translações - o escuro em torno dos espelhos vazando de uns
para os outros a sua vida
clara.
Os maiores jumentos de sempre
domingo, 25 de março de 2007
Meio Século
À parte disto temos ainda os maus exemplos de Países como Inglaterra cujas sucessivas governações têm em várias alturas contrariado o interesse Europeu em prol do interesse Nacional, se por aí forem todos será a sentença de morte.
A UE atravessa uma crise institucional e Política, é um facto, mas apenas o tempo, «esse admirável escultor», poderá indicar quais os caminhos a seguir.
O melhor amigo do Homem
domingo, 18 de março de 2007
Primavera
O Regresso dos Mortos Vivos II
sexta-feira, 16 de março de 2007
Trapalhadas e Trafulhices
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Direito à morte
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi4BbLf3KwteU_PY7ZLSzjbPNmGUnzR9JVsKhmeQrfopqSj5W8byKWzqFLW8yweqv7MF4yZGidWmPEfWI65Mk8q4fCjx6ijleoihRQliycdBh_F93zotk62y3xhS8gLSgZ_GwFApZ-pl8/s320/euta_5.jpg)
Obrigar alguém a estar vivo sem ter as mínimas condições de desfrutar desse estado é tão criminoso como o contrário.
A morte é, e adivinha-se que continue a ser, o maior tabu da existência humana. Não conseguimos lidar com a nossa finitude e tentamos negá-la desde os primórdios dos tempos, seja através das religiões, seja através da medicina. Devemos ser a única espécie cujo instinto de sobrevivência se prolonga para além da própria vida, mas cheira-me que o nosso fim não deve ser muito diferente do fim dos peixes ou das ervas que não têm religião nem parapsicologia.
Enfim, deveríamos estar mais empenhados em acabar com o sofrimento, quando ele se manifesta do que em prolongá-lo quando o mesmo se torna insuportável.
terça-feira, 13 de março de 2007
Lisboa que amanhece
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Cansados vão os corpos para casa
Dos ritmos imitados doutra dança
A noite finge ser
Ainda uma criança de olhos na lua
Com a sua
Cegueira da razão e do desejo
A noite é cega, as sombras de Lisboa
São da cidade branca a escura face
Lisboa é mãe solteira
Amou como se fosse a mais indefesa
Princesa
Que as trevas algum dia coroaram
Não sei se dura sempre esse teu beijo
Ou apenas o que resta desta noite
O vento, enfim, parou
Já mal o vejo
Por sobre o Tejo
E já tudo pode ser
Tudo aquilo que parece
Na Lisboa que amanhece
O Tejo que reflecte o dia à solta
Á noite é prisioneiro dos olhares
Ao Cais dos Miradoiros
Vão chegando dos bares os navegantes
Amantes
Das teias que o amor e o fumo tecem
E o Necas que julgou que era cantora
Que as dádivas da noite são eternas
Mal chega a madrugada
Tem que rapar as pernas para que o dia
Não traia
Dietriches que não foram nem Marlénes
Em sonhos, é sabido, não se morre
Aliás essa é a Única vantagem
De após o vão trabalho
O povo ir de viagem ao sono fundo
Fecundo
Em glórias e terrores e aventuras
E ai de quem acorda estremunhado
Espreitando pela fresta a ver se é dia
E as simples ansiedades
Ditam sentenças friamente ao ouvido
Ruído
Que a noite se acostuma e transfigura
Na Lisboa que amanhece
Texto: Sergio Godinho
Imagem: Maria Helena Vieira da Silva
Ás vezes o que se ouve por acaso e inesperadamente no regresso a casa, faz com que o dia tenha valido a pena. Gosto muito da versão desta música cantada pelo Sergio com o Caetano no Irmão do Meio.
quinta-feira, 8 de março de 2007
Um para todos, todos num.
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Quem tem telhados de vidro...
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Os nossos amigos americanos publicaram um relatório sobre Portugal onde relatam as atrocidades que por cá se praticam nas prisões. O ministro António Costa respondeu à letra sobre o valor de tal documento, especialmente vindo de onde vem.
Á falta de Guantanamo podemos sempre começar a usar as Berlengas, como lá não há nada, é capaz de passar despercebido ao olho clinico de quem elabora tais relatórios.
terça-feira, 6 de março de 2007
Porrada, e da grossa
Cada vez mais, ir à escola, seja como aluno ou professor é sinónimo de apanhar. Já lá vai o tempo em que só os alunos é que apanhavam, agora toca a todos. Eu ainda apanhei duas réguadas na primária. Uma por ter riscado uma mesa, que não riscara e outra por não saber quanto eram duas vezes oito... isto foi logo a seguir à Revolução e lembro-me de, já nessa altura, o meu pai querer ajustar contas com a professora (não através de nenhuma cena de pugilato, coitada da senhora, mas por outros meios mais civilizados). A questão é que parece que os meios civilizados existem, de uma forma mais ou menos eficiente, civismo é que não. E a questão da falta de civismo tal como o apanhar também vai tocando a todos. Pais, alunos e professores. Estamos perante uma escalada interminável que tem por base todos os problemas psico-sociais e todas as fragilidades do próprio sistema de ensino. Muito há a fazer relativamente a esta questão, medidas administrativas não chegam e estão longe resolver a situação que se vive actualmente nas escolas.
As Burras e os Broncos
Constou-me que vem por aí mais um reality show à boa maneira da TVI. Desta vez trata-se de enfiar numa casa remodelada de propósito em Azeitão (por uma pipa de massa) um elenco de belas mulheres - vulgo- Gajas boas e um elenco de homens muito inteligentes - como contraponto a este adjectivo presume-se que as gajas sejam muito burras. Parece ser este o pressuposto do programa: Mulheres muito belas reunidas no mesmo espaço com homens muito inteligentes. O programa intitula-se A Bela e o Mestre. Se formos pela analogia entenda-se que os homens muito inteligentes devam ser uma espécie de Quasímodos muito broncos a babarem-se atrás das ditas gajas boas muito burras a quem nada lhes resta a não ser obedecer ás ordens de um presumível mestre. Com um panorama destes as audiências devem ser garantidas. Que saudades que eu tenho do deprimente Arreganha a Taxa, que com custos de produção mais baixos conseguia promover o mesmo nível de estupidez.
sábado, 3 de março de 2007
sexta-feira, 2 de março de 2007
O regresso dos mortos vivos
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Quatro meses de ausência. A maternidade sobrepôs-se a todos os interesses e hobbies mas agora é preciso começar a desviar o olhar das fralda...
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Depois da tempestade vem a bonança. No meio da devastação só resta unir esforços para que o Funchal volte a ser o que era. Pelas vidas que s...