O pai dos nacionalistas portugueses está morto e enterrado, mas a mocidade quer à viva força avivar memórias do passado. Como aliados têm os conterrâneos devotos que vão aproveitando estas romagens para animar um lugarejo onde nada acontece. Deixá-los, quanto mais relevância se der a estas manifestações de alegre devoção mais aliados escondidos põem a cabeça de fora. Esta parece ser uma estratégia muito bem aproveitada pela mocidade, vão criando pequenos incidentes com projecção nos media e lá vão aparecendo, agora, quase diariamente nas televisões e jornais. Um cartaz aqui, uma prisão acolá, uma romaria além, e perante isto uns revoltam-se e outros apoiam. E são os que apoiam o alvo desta campanha de constantes aparecimentos forçados. Enquanto a Democracia conseguir rir destes eventos não existirá grande motivo para preocupações, mas é bom que não se riam por demasiado tempo, pois os tempos de crise económica fomentam radicalismos e num País como o nosso que sofre de iliteracia crónica, estes avanços podem ser perigosos a longo prazo, servindo-se dos mecanismos democráticos e das suas fragilidades esta gente vai avançado enquanto puder, estejamos pois muito atentos.
A vida é o que fazemos d'ella. as viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos. Fernando Pessoa In O Livro do Desassossego
sábado, 28 de abril de 2007
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